quarta-feira, 11 de junho de 2008

Recife da minha infância ...




Recife

Não a Veneza americana

Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais

Não o Recife dos Mascates

Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois

— Recife das revoluções libertárias

Mas o Recife sem história nem literatura

Recife sem mais nada

Recife da minha infância


(...)


Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu avô.



Manuel Bandeira

Nenhum comentário: