terça-feira, 29 de setembro de 2009

Delírio

Vou me afogar naquilo que se chama dor
Segurar as lágrimas, balbuciar memórias
Encontrar o trilho que se descarrilhou
A tangente foi a minha vida

Vou estatizar sentimentos
Ouvir os lamentos de quem quer amor
Eu vou vestir a fantasia de um super-herói
Fazer a verdade refletir num espelho convexo
Fazer a minha convenção

Vou tirar a vida de uma pessoa
Martirizar aquela que tirou a minha
Pular de um precipício
Entender o mundo de dentro pra fora

Embora não precise ser douto, saberá que foi amor.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Para a Misericórdia

Não tenho guardado tempo nem para a minha misericórdia. E eu sinto falta disso.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Do meio-dia

Não sei por que eu me sinto assim. Aquele sonho me deu medo. Continua dando. Acho que ele representa uma fase da minha vida que morreu e outra que está nascendo. Sim, é por partes. Às vezes eu sinto saudade de coisas que nunca vivi. Acho que é falta, mesmo. Mas sentir falta ou saudade não é a mesma coisa?

Eu olho ao redor. Tanta gente, tanta vida. Tanto amor... Ando meio assustada com a Vida, ela gosta de pregar peças; e depois vem dizer que o Tempo cura tudo. Não ponha personagens na sua história nem na minha, sim, Vida? Eu não quero. Eu quero mesmo é a singeleza de respirar. Quero olhar para aquele que está ao meu lado e dizer que... Mas não há aquele. Há a falta.

Sonhos não fazem a realidade, alimentam-na. Não posso mais viver sonhando, tenho que agir. É verdade que ambiciono muitas coisas, embora seja também verdade o fato de sempre esperar. "Um dia há de acontecer". Esse meu mau-humor enrustido é reflexo de uma espera infinita, de uma insaciável busca. De quê, meu Deus? De quê?!

Não quero e não posso ser assim, desse jeito. Entende? Cadê a mudança? Aquela luz, quase solar, do meu sonho, seria a mudança? O universo em que vivo é paralelo, instantâneo. Submeto-me à esperança que é substantivo valencial. No entanto, quero a morte de uma específica esperança: justo aquela que me faz acreditar que uma intensa felicidade está por vir. Não vi ninguém. Não vem ninguém. Ninguém. E mesmo que viesse, seria tão irreal que até a própria irrealidade o transferiria para a surrealidade. A gente se impede de crer em milagres. Mas te revelo um segredo: eles existem.

No que me diz respeito à vida, posso afirmar que seu verbo é intransitivo (depende do sentido, eu sei). Viver basta. No entanto, é preciso aprender tal intransitividade. Não vive-se só por viver. Viver exige muito. Talvez exija todos os verbos para completar-se. É dizer: vivi porque amei, sofri, chorei, calei, fui feliz, me arrependi... Talvez viver não seja tão intransitivo assim. Talvez morrer seja mais fácil, mais volátil.

Encontro-me com meu destino. E ele diz: segue!. Para onde, amigo, para qual direção? Só tenho medo de voltar. Começar do início é sempre perder o já-foi, o já-aconteceu. Dúvidas permeiam uma mente. Uma sexta-feira precisa de um sábado para saber que existe e ter o seu valor. É o peso de vir antes, anteceder aquilo que já é.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dizendo

Ando tão abusada e cansada de tudo que nem paciência eu tenho para postar aqui no blog, uma coisa que, até tempo atrás, eu adorava fazer.
O que está havendo com o mundo? Vamos pensar um pouco...


O problema é comigo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Tem Limite

Porcento. Inpingido. Metereológicas. Homo-saphiens. Céculo. Cilmento. Ves. Cazados. Preciza. Deicha. Coiza. Ameasa. Umilha. Justisa. Maxista.
Preconceito Linguístico? Não, meu Deus, para tudo tem limite, sim?!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Almanaque Astral

Bem que a previsão diária do zodíaco poderia vir com alertas do tipo "hoje você será assaltada" ou "cuidado ao sair de casa, risco de acidente", né? Bidu, um dia você chega lá!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Muda-se

Mas e se alguém pegar meus antigos cadernos e não conseguir enxergar a Gabriela que um dia existiu? Por que muda-se? Por que mudamos? Não seria mais fácil permanecer?
Até que um dia fez-se sol, e choveu.

domingo, 6 de setembro de 2009

Portugal

Cam(ar)ões me faz(em) sentir o cheiro do mar salgado... quanto do teu sal!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Salvação

Deus, por favor, me salve deste infortúnio. Deste sacrifício que se chama Aula de Linguística 2, com Judith Hoffnagel. Ó Senhor, eu Te imploro!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mentira

É tudo mentira! Sim! É tudo mentira... Eu sei, é triste, mas é mentira. É assustador, mas, sinto, é tudo mentira. Não acredite em nada, por favor, é tudo mentira. Maior ainda: mentira e mentira. Ou pior: está tudo impregnado de mentira. A verdade, se não minto, é que a mentira nada mais é que uma mentira. Quantas? E onde estão? Para onde irão? E vão, vão, vão. Em vão, não, vão. Mais uma vez, mentira. Desculpe. Já menti demais. Sim, isso... e tudo, tudo, tudo: sou, és, é, somos, sois, são men... ti... ra. Reconvexo, já!