sábado, 14 de junho de 2008

Quando o coração quer falar


É extremamente estranho lembrar que uma amizade começa com um simples "oi" ou um grande silêncio entre duas pessoas. Construir uma amizade, nos dias atuais, não é uma tarefa tão fácil como se pensa, até porque uma amizade para ser chamada de AMIZADE, mesmo, precisa de vários outros sentimentos. Um dos sentimentos indispensáveis para a solidificação dela (a amizade) é a CONFIANÇA... é o sentir-se seguro, é o confiar de olhos fechados, é o pôr sua mão no fogo por alguém, é o saber-que-pode-contar pro que der e vier. É daí que decorre os vários outros tipos de afeições pela pessoa querida.
Ser amigo é saber ouvir o outro, é respeitá-lo e desrespeitá-lo (é, isso mesmo!), é saber os defeitos do outro, é saber as qualidades, é brigar/discutir por coisas sérias ou bobagem, é ter tempo de jogar conversa fora, é ter intimidade o suficiente para desligar o telefone quando não se quer falar, é dar o seu ombro para quando o outro quiser chorar, é ser cúmplice nas aventuras e loucuras, é dar um leve sorriso quando escuta uma música e lembra do outro, é ter implicâncias e depois de segundo esquecê-las, é não ter vergonha de dizer "eu te amo". Amigo é coisa rara, amigo é sinônimo de irmandade, amigo é essencial.
A amizade é tão mais complexa que o significado dado pelo Aurélio. Amizade é saber que, mesmo você estando no Brasil e seu amigo lá na Inglaterra a um oceano de distância, nada vai conseguir modificar o que já foi sedimentado. E é saber, também, que ambos estarão contando os milésimos de segundo para se encontrarem e, aí, recomeçarem suas vidas com o pedacinho que lhes faltava no coração.

* post dedicado a minha amiga Bruna Caroline.


Gabriela Medeiros


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