quarta-feira, 16 de abril de 2014

Crime organizado: um Estado paralelo?

O processo de globalização exige do Estado-Nação outras formas para a resolução de problemas que ultrapassem as fronteiras nacionais. Nessa sociedade globalizada, ocorre um fator de formação de uma "rede" informacional sustentável por organizações capazes de afetar a economia, política e sistemas de segurança estabelecidos. Quando essas organizações passam a agir criminosamente, são vulgarmente conhecidas como "crime organizado".

Essa rede de criminalidade possui diversos tipos de atuação, como, por exemplo, o tráfico de drogas, biopirataria, extorsão, contrabando de mercadorias e até mesmo contrabando de órgãos humanos. Essa nova modalidade de crime global não é fruto da miséria, mas sim do progresso e do dinheiro, e, principalmente, das trocas entre bandidos da periferia e senhores de bem que pertencem à elite.

Não há organização criminosa que sobreviva sem a participação efetiva do Estado, pois os dois tornaram-se dependentes um do outro, formando entre si uma aliança que fomenta a ação do crime organizado. Este crime organizado é, portanto, um Estado transversal, pois o Estado-Nação intercepta as organizações criminosas e vice-versa.

Para o fim deste elo, é fundamental que haja o trabalho efetivo da educação das novas gerações para a autonomia crítica e a vida participativa consciente do indivíduo. É necessário que o indivíduo exerça a sua função de cidadão para o combate destas organizações.



(Vasculhando a vida, bateu saudade das minhas aulas de redação nos idos de 2007 e dos meus efêmeros 16 anos...)