sexta-feira, 31 de julho de 2009

Da Noção

Estamos no verão?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pensando Bem...

Pensando bem, eu vou começar a cobrar por cada informação dada ao ser humano que vier me perguntar alguma coisa no Hiper Bompreço. Eu tenho cara de atendente, tenho? Esse é o problema em ter "Sou Carente, Fale Comigo" escrito na testa.

domingo, 26 de julho de 2009

Divagando

Com 850 km/h eu consigo, próximo de sete horas, chegar àquele lugar, fim de território. Consigo fortalecer lembranças, sentimentos e psicoses. Posso esquecer de tudo, também. Mas só por enquanto. E eu não sei por quanto tempo o por enquanto pode durar. Simples quilômetros; alguns mil-pés, quem sabe. E a profusa incerteza da certeza que está lá, no meio da vertical. Nada tão estranho assim. Sim, algo familiar. Descoberta animalesca, quando penso num mamífero de quatro patas que late, mas não uiva. Alguma saudade restante no peito. Na verdade, no meio da dupla. A sensação quase imediata de que aquela amizade é inesgotável por mais incômodo que o barulho paradoxal do silêncio possa representar. É o choro engolido do outro lado da linha. É a descoberta de uma maçã no escuro. Não é sertão, mas tem veredas. É a permanência de uma idéia, talvez de sonhos. Encantamento ocular. Possivelmente, a curiosidade que paralisa. Talvez, a incompreensão humana diante dos sentimentos. E volto com saudade daquilo que ficou e daqueles que permaneceram, sempre, dentro de mim.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mas

É que o frio não me deixa existir.
E sinto.
Sinto.
Sinto...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Imagine

Não sei com que propósito esta lembrança assaltou meu pensamento. Mas posso afirmar, com convicção, o ano em que aconteceu: 2005. Aniversário da minha mãe. 19.

- Tu é rica, né?
- Rica? Eu? Não...
- É, sim! Tu tem uma casa, tem câmera digital, tem celular, tem cabelo liso...
- (...)
- Ah! E ainda usa aparelho! Minha mãe disse que quem usa aparelho é rico.
- (...)
- Agora diga se num é!
- Não, sou não. Rapidinho, vovó tá me chamando...

Qual o pensamento que perpetua na cabeça dessas crianças carentes, em todos os sentidos da palavra? Foi nesse instante que pude, de fato, reconhecer o quão arbitrária uma imagem pode ser. Não a imagem estática, captada por uma máquina fotográfica. Mas a imagem, nua e crua, criada, transformada e adaptada por aqueles que querem ver, sentir, imag(em)inar.

domingo, 5 de julho de 2009

Da lama ao caos

Um menino de, mais ou menos, seis anos de idade, com um ar de suicida, tenta assustar a mim e a uma amiga minha enquanto esperávamos outra amiga nossa voltar do passeio de Titanic, no Marco Zero. Ele se aproxima, nos olha e grita Eu vou pular! Sem saber o que dizer, eu respondo Vai-te embora! E ele pula... Mas ele volta. Não sei se gostando da brincadeira, ele vem em nossa direção e com uma cara de "repare", disse Lá vai eu de novo!, e eu, respondo Simbooora!. Mas... para quê? Chega a família dele, tamanho família (dã!), querendo apostar com "a moça aqui" que o mestre, digo, o pai iria pegar lama no fundo do mar. Automaticamente eu respondo Oxe, eu num aposto nada, não. Vai que tu morre no meio do caminho!. Doido para pegar "a moça aqui", ele diz que já fez isso várias outras vezes e que nunca morreu (percebe-se, sim?). Eu disse que não apostaria nada porque eu não tinha dinheiro. Os inúmeros filhos, os sobrinhos, os netos, ou sejam lá o que sejam, olharam para o meu relógio, para a minha cara e se puseram a gargalhar AHAHA a moça aqui num tem dinheiro, não, pô! Alô, galera, qual o problema, hein? Eu só não havia completado a frase "eu não tenho dinheiro para dar a vocês!". Pensado e quase dito isso, eu e meus amigos corremos em direção à Rua da Moeda, e lá, bem... lá queriam cortar o cabelo de alguém!

sábado, 4 de julho de 2009

Coração

Dia desses, eu, num diálogo muito distante da realidade, disse, preocupada, a minha mãe: "mãe, meu coração 'tá doendo". Ela, muito mais conhecedora do corpo humano que eu, responde: "coração não dói, Lela".
Não? Como assim não? Talvez estivéssemos falando de dores distintas. De corações também, quem sabe...

Veredas

Guimarães, viver é muito perigoso. Por isso volta e vamos viver perigosamente, gato!

Poe

Allan Poe, você é o meu gato preto numa sexta-feira 13 de 2666. Encontre-me daqui a sete dias na Rua Morgue.
Sangue,
Gabriela.