sábado, 2 de maio de 2009

Cobrindo e Encobrindo

Hoje saí de casa. Despedi-me da minha avó e segui. Trinta minutos de espera, trinta minutos pensando em. Sigo para outro ponto de ônibus. Cinco minutos de espera, cinco minutos pensando se o transporte vem ou não. Entro nele, "boa tarde, moço" e me sentei ao lado de, talvez, uma estudante da língua inglesa visto o seu dicionário de inglês dentro da pasta. Tenho cara de médica? Alguns segundos passados para a possível estudante falar mal de Lula. "Desculpe, ele é meu tio", deu vontade de dizer. A gripe suína a assusta. Se um mexicano vier para cá, ela se mata. "Desculpe mais uma vez, mas sou da Cidade do México". Deveria ter dito essas coisas conhecidas como "foras", mas dei satisfação da minha vida. De que não assisti ao Globo Repórter porque estava no Cine PE, de que eu estava indo trabalhar, de que minha mãe havia visto parte do programa. Impensavelmente eu disse. Disse porque eu queria parar de pensar. Olhar para o lado direito e ver a imensidão do mar. Eu tive medo de citar o nome. Mas é um segredo que nem meu coração conseguiu descobrir. E cubro por inteiro.

Um comentário:

Bruna disse...

Às vezes quando tudo que você quer é paz e tranquilidade pra pensar, pensar, pensar e pensar, as pessoas do ônibus não param quietas, aparece de cobrador a pedinte querendo sua atenção.
Já quando você quer que uma pessoinha, uma só, te tire dos seus pensamentos sobre aquele-que-não-deve-ser-pensado pra falar do fim do namoro de Madonna com Jesus (?!)...