sábado, 7 de março de 2009

Quando Foi Outra (5)

Não. Chegando em casa não haveria mais o som da televisão com os narradores de jogo de futebol; não haveria o barulho pertinente dos chinelos arrastados pelo corredor; não haveria o incômodo que se tinha ao escutar o ronco barulhento no quarto ao lado. Não haveria ele, mas haveria o não. Pegou umas peças de roupa preta e saiu. O não, para Sandra, tornara-se mais do que um advérbio.

4 comentários:

Alisson da Hora disse...

O "não" sempre é algo mais do que um simples advérbio. E nem é preciso ser dito pra se saber quando é usado...

Unknown disse...

que mistério!
finalmente, o que é o não?

Bruna disse...

O vazio que as pessoas que saem das nossas vidas ocupam é, às vezes, a parte mais dolorosa do processo.
Do processo de dizer pr'a gente mesma que não - que ela não vai estar lá quando você entrar na sala de aula, que não vai rir daquela piada, que não.

Bruna disse...

PS: Você é uma Drama Queen, Gabriela.