domingo, 7 de dezembro de 2008

Do Sofrimento

Ultimamente, leia-se do começo de dezembro pra cá, tenho me sentido muito nostálgica. Todo ano é assim: dezembro chega e ele traz consigo um ar de tristeza, pelo menos pra mim. Eu não sei como explicar isso, e também não sei se se faz necessária a explicação disso. Não gosto do ar de melancolia, de nostalgia, de perda que passa por mim. É como se eu fosse perder algo... e perco! Perco um ano todinho, um ano repleto de experiências. Na verdade, eu não sei se isso é bem perda, mas parece como. E hoje, refletindo sobre as possíveis chances, desse ano em especial, de eu estar me sentindo assim, chego num ponto. Não num ponto-final, acho que num ponto-e-vírgula. Minha vida nunca tem um ponto final; nem mesmo quando eu morro - é, pode até soar estranho, mas morro todos os dias, o dia todo. É quando eu insisto em sofrer, sofrer, sofrer. Mesmo quando aquilo pelo qual você sofre ainda lhe faz respirar. Porque, por mais que a distância doa, ela faz acreditar que um dia, um determinado dia, tudo, por incrível que pareça tudo, vai voltar ao que era antes. E quando as lágrimas se tornarem pesadas, quando o sorriso já não for mais um disfarce e quando o amor já não encontrar mais desculpas para ser responsável pela pulsação do coração, você implora, inconseqüentemente, para que o fim chegue. Mas sabe-se lá de qual fim somos fiéis. Independente de qual fim, o desejamos como nunca desejamos, anteriormente, algo na vida. E hoje te peço. Peço que te vás, mas não te vás nunca, porque se tu fores embora, levarás contigo um pedaço de mim: meu coração. E eu morro, morro lentamente.

2 comentários:

Bruna disse...

Eu morro, morro. Da Conceição.

[Vai ser menos tosco se eu disser que achei lindo o que tu escreveu?]

Beijosmeescreve

Desabafo Literário disse...

Amor nunca é amor se leva ao fim.
É verdade que mata e faz respirar, mas também é verdade que traz a vida a quem insiste em perdê-la.
Por isso eu digo: Não desista. Lute. Porque um dia, o que valerá a pena não será a vontade que o fim chegue, mas sim o desejo que um novo dia recomece. Um novo dia onde se poderá fazer mais do que o feito hoje.