domingo, 26 de julho de 2009

Divagando

Com 850 km/h eu consigo, próximo de sete horas, chegar àquele lugar, fim de território. Consigo fortalecer lembranças, sentimentos e psicoses. Posso esquecer de tudo, também. Mas só por enquanto. E eu não sei por quanto tempo o por enquanto pode durar. Simples quilômetros; alguns mil-pés, quem sabe. E a profusa incerteza da certeza que está lá, no meio da vertical. Nada tão estranho assim. Sim, algo familiar. Descoberta animalesca, quando penso num mamífero de quatro patas que late, mas não uiva. Alguma saudade restante no peito. Na verdade, no meio da dupla. A sensação quase imediata de que aquela amizade é inesgotável por mais incômodo que o barulho paradoxal do silêncio possa representar. É o choro engolido do outro lado da linha. É a descoberta de uma maçã no escuro. Não é sertão, mas tem veredas. É a permanência de uma idéia, talvez de sonhos. Encantamento ocular. Possivelmente, a curiosidade que paralisa. Talvez, a incompreensão humana diante dos sentimentos. E volto com saudade daquilo que ficou e daqueles que permaneceram, sempre, dentro de mim.

Um comentário:

Bruna disse...

vapor saindo da boca. mala que quase não dá pra pegar da esteira de pesada. cidade de viadutos, organizada, limpa, cheia de mato. sensação de que nunca chegaria. escadas. escadas. mais escadas. um guri trilegal. um choquito sem colocar o dedito na tomadita. TV. rua da Praia. Quintana - passarão, Quintana, passarão. mas nós?(passarinho). gramado. canela. sótão. sopa de capeletti. museu da PUC. gripe suína e cinema. vitamina C. frio. frio. mais frio.

* e se a gente aguentou esses dias todos 24h por dia, é porque é amor de verdade, gatã.