quinta-feira, 13 de maio de 2010

End(i)vida

O sangue segue quente
Sente, mete, na frente
O soco sangra o dente
A gente bate na gente
No sol o saldo seca
É a vida arrancada do ventre
Na boca a sede ressaca
A dor logo maltrata
A falta revida na vida
O que não suportei foi a morte
Depois do medo, o susto e o pulo
Não-amor, não à vida, não há sorte
Abri os olhos, e me vi num mundo
onde morrer é viver
e viver é coisa de outro mundo.


Elton Moura e Gabriela Medeiros

3 comentários:

Alisson da Hora disse...

...viver é perigoso...

Bruna disse...

... e viver é coisa de outro mundo.

Marina disse...

Mas eu ainda prefiro tentar viver.